A HISTÓRIA DO CAFÉ DE CAMBONA

  • A HISTÓRIA DO CAFÉ DE CAMBONA

    Assunto: Cultura  |   Publicado em: 19/09/2019 às 17:19   |   Imprimir

 

Os gaúchos adotaram o costume vindo dos mascates. Chegavam, faziam fogo e colocavam as cambonas com água para esquentar. Montavam um local para acampamento, desencilhavam os cavalos, tirando das malas de garupa o café, as bolachas e o açúcar. O café de cambona tem um forte cheiro agradável e conforme o tronco do brasão que se bota da um aroma diferente e um tempero a mais no café.

Em geral, os tropeiros e carreteiros costumavam dividir as obrigações do fogão entre si. Enquanto um fazia o café, outro podia ser o assador, ou fazer o mate, a outro, a responsabilidade de juntar lenha, por isso também conhecido como café de tropeiro.

Quem ficava encarregado de fazer café, colocava a água a ferver na cambona, depois retirava do fogo e despejava dentro dela duas colheres de café em pó. Mexia com a ponta da faca até dissolver todo, ou com uma colher, depois voltava com a cambona ao fogo. Quando levantava nova fervura, retirava do fogo e colocava um tição aceso dentro do café, provocando uma ebulição. Mantinha o tição dentro do café por segundos. Com as costas da faca, dava algumas pancadinhas por fora, na cambona.

Sentavam nos arreios ou nos pelegos dobrados para tomar o café que era acompanhado por bolachão, pão caseiro ou bolinho frito, trazido na mala de garupa. Alguns preferiam ficar acocorados nos "garrões", como é hábito entre nosso homem do campo, herdado dos índios. A sobra do café nas cambonas era posto fora e as vasilhas bem lavadas na sanga.

O tema da Semana Farroupilha 2019 VIDA E OBRA DE PAIXÃO CORTES:

Conhecido como o homem que descobriu o verdadeiro gaúcho. Nome completo João Carlos D'Ávila Paixão Côrtes, nascimento em 12 de julho de 1927, Santana do Livramento, é definido como folclorista, compositor, radialista e pesquisador das tradições e cultura gaúcha mas sua formação é em Agricultura.

Como agrônomo foi responsável pela abertura de mercado da ovelha no Rio Grande do Sul. Trouxe da Europa novos métodos e tecnologias de tosquia, desossa e gastronomia, além de incentivar o consumo de carne ovina.

Como folclorista Paixão Cortes é um personagem decisivo da cultura gaúcha e do movimento tradicionalista no Rio Grande do Sul, do qual foi um dos formuladores, juntamente com Luiz Carlos Barbosa Lessa e Glauco Saraiva, partiram para a pesquisa de campo, viajando pelo interior, para recuperar traços da cultura do Rio Grande.

 Apresentações culturais, curtas gaúchas apresentadas pela escola Madre Madalena, Apresentação de musicais típicas gaúchas pela Escola Rui Barbosa e poesia pela EMEI Paraiso da criança II. Além disso, também as invernadas dente de leite, mirim, juvenil fizeram apresentação de dança.